sábado, 21 de fevereiro de 2015

Voando no Lado de Lah...



Nunca me senti tão livre e dona de mim como me sinto agora. Como é boa a sensação de poder fazer todas as suas escolhas... "Quero ir pra tal lugar". "Quero comer tal coisa". "Você não quer ir, eu vou sozinha". Realmente acho que aprendi a me bastar.

Com quase 32 anos fiz minha primeira viagem sozinha. Foi, tipo, maravilhosa. Troquei um carnaval com 24 horas de folia, em Passa Quatro - MG, com pessoas muito legais, mas que eu não conhecia, em uma casa tipo Big Brother. Poderia ter sido muito legal. Mas, fala sério! Tipo, minha cara, né? #sqn.

Então, providencialmente, minha companheira de viagem começou a namorar sério às portas do carnaval de Minas. É claro que o namorado novo não gostou nada dessa história de quatro dias de Micareta no carnaval, sem ele. O que levou a minha queridíssima amiga a desistir da viagem aos 45 minutos do segundo tempo. O que nós, mulheres, não fazemos por amor?

Pois bem, falando em amor, como eu não queria perder a oportunidade de viajar no feriado, decidi visitar o novo namorado que mora longe. É isso mesmo. Acabou a difícil vida de solteira.

Mudei as passagens e fui pra Capital Federal.

Vamos começar pelo começo: primeira viagem de avião.

Não sei bem porque mas, sempre achei que eu seria daquele tipo de pessoa que nunca  ia ter medo de avião. Bem, medo é uma coisa que não se pode largar quando se passa por uma área de turbulência. Assim que subimos, passamos por uma "braba". Juro pra vocês que me senti dentro de um ônibus da Vinagreira andando na estrada da Meruoca. Por pouco eu não gritei pro piloto: "Moço! Saia logo dessa estrada carroçal e vamos mesmo voando, homi!".

Pra completar, tem aquela gente inconveniente que não consegue sentir medo calada. Daí, a cada solavanco do avião, uma mulher sussurrava: "Vish..." "Nossa..." "Viiiish..." Noooossa..."

QUERIDA, CALA A SUA BOCA!!!! TEM GENTE TENTANDO REZAR PRA DEUS NOSSO SENHOR PRA ESSA COISA NÃO CAIR!!!

Obrigada, de nada, com licença.

Passando a parte da montanha russa, simplesmente comecei a sentir o maior enjoo de todos os tempos da face da terra. O meu primeiro pensamento: "Não acredito que vou vomitar nessa porra..."

Olhei pros saquinhos na minha frente e meu segundo pensamento foi: "Nem fu*%$#@!"

Respirei fundo várias vezes. Pedi um copo com água e me xinguei por levar uma farmácia inteira comigo, inclusive o abençoado remédio pra enjoo e simplesmente TER DEIXADO ESSA DROGA DENTRO DA MALA!!!

Nunca fui de sentir enjoos em viagem. Também nunca lembrei que pra tudo tem uma primeira vez.

Ainda pra terminar de me acabar, as comissárias resolvem distribuir pra todo mundo os saquinhos de batatinha. Vocês já sabem, né? Aquele aroma todo subindo a cada abertura de pacote. Nossa, meu estômago deu 247 voltas só nessa hora. E como se não bastasse, meu colega do lado usava um perfume de gosto um tanto quanto questionável e não economizou. Aaarrgg!! Que perfume horroroso!!! Na verdade, eu acho que as pessoas deveriam ser proibidas de usarem perfume no avião. Sério. Coloca um desodorante sem perfume no sovaco e vai, filho! Seja feliz.

E aí eu me encontrava enjoada, dentro de um avião com cheiro de batatinha no ar misturada com perfume de rapariga barata, morrendo de sono e sem poder dormir porque a cada fechada de olho tudo o que eu comi o dia todo ameaçava sair pela minha garganta.

Então, chegou uma hora em que simplesmente não teve mais como segurar. Ignorei os saquinhos e corri pro banheiro. É, bem vinda à sua primeira viagem de avião, colega.

Bem, isso até que me aliviou um pouco e eu pude até tirar um cochilo de 10 minutos. Adoraria chegar logo e colocar meus lindos pés no chão.

Dei bom dia à Brasília às 5h da manhã. Frio demais. O namorado, já acostumado com o clima, se assustou quando eu pedi pelo amor de Deus que não ligasse o ar condicionado do carro. "Filho, eu sou de Teresina. Tenho costume com esse frio todo não."

O enjoo passou, mas o sono do mundo todo estava em cima dessa pessoa que vos escreve. O bom de tudo é que a bonita chega 5h da manhã e só pode entrar no hotel às 14h. O namorado ainda ia trabalhar. Tava era arrumada.

Mas, enfim. Resolvemos os percalços da manhã e fomos pro hotel que eu reservei, sim, pra uma pequena lua de mel. Vamos começar a coisa toda em grande estilo, né? E não me arrependo. Foram quatro dias maravilhosos, na "capital do meu país".

Tem muita coisa no Lado de Lah de Brasília.


5 comentários:

  1. Kkkkkk morri de rir kkkkkkk muito legal lah

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  3. Top! Tinha que ser obra da Lanussa. Muito bom o novo blog, Lanussa!

    ResponderExcluir
  4. Nunca tive o desprazer de enjoar não, e olha que já voei com o bucho cheio de menino...rsrs..Sucesso no novo amor!

    ResponderExcluir

Deixe seu comentário no Lado de Lah!