quinta-feira, 17 de agosto de 2017

O Lado de Lah da Vida Fitness



E por falar em mudanças (que parece ser tema recorrente deste blog), gentchy, não foi só psicologicamente que eu mudei. De repente, sem eu nem perceber, meu corpo foi tomado por contornos que eu buscava numa luta incessante e não conseguia. E, tipo, estou fazendo algo diferente do que fazia na minha vida antiga? Sendo feliz, talvez.

Na outra vida, essa gata aqui vivia de dieta e, nos últimos tempos, fazia toda sorte de exercícios torturantes que poderiam inventar para punir uma pessoa pelo simples fato dela gostar de batata frita. Fiz spinning, fiz yoga, fiz corrida, caminhada, me aventurei pelo boxe e sofri na academia. Isso adiantou de alguma coisa? Não.

Por falar em academia, ninguém me tira da cabeça que aquilo ali é só uma adaptação dos aparelhos de tortura da Santa Inquisição.

Tava lá, aquele monte de treco sem serventia, a galera sem poder torturar mais nenhum judeu, nenhuma mulher solteira com hortinha no quintal... aí, Pah! "Vamo dá um sacode nisso aqui, negada! Vamo falar pra geral que isso aqui faz bem pra saúde, que "as gata" fica com pernão, bundão, que o cara vai pegar geral com os braços do Incrível Hulk e as pernas do Salsicha..."

Então, foi! Inventada a aula de musculação. E, me desculpe quem gosta, mas eu não vejo graça. Não que eu ache chato nem nada. Apenas preferia me autoflagelar com um chicote de couro com pregos nas pontas, usando um cilício* na perna. Mas não acho chato.

Bem, o fato é que não virei a Miss Maromba, não deixei de comer pizza e emagreci seis quilos.

Daí, encontrei uma atividade física da qual eu realmente gosto.



Fiz dois meses de musculação (e se a gente somar tudo, acho que só fui uns 15 dias), até que descobri o Pole Fitness, onde fazemos exercícios baseados nos movimentos do Pole Dance.

Parou. Parou. Parou.

Eu sei o que vocês estão imaginando.

Não. A gente não fica lá sensualizando de lingerie, penduradas numa barra de ferro. Tipo isso:



A realidade mesmo é mais ou menos assim:



O fato é que, a pessoa mais sedentária desse mundo todo, que nunca soube dar nem estrelinha (o que é uma pequena frustração para mim), que tinha medo de subir em árvores (e se subia, não sabia descer), que sempre teve péssima coordenação motora, hoje fica de cabeça pra baixo, pendurada em uma barra de ferro se segurando somente pelas pernas.

É isso meixmo Braseeel! Eu tô arrasando nessa bagaça a cada dia que passa e me sentindo mais diva e poderosa, coisa que na verdade, eu sempre fui. Beijos.

Então. Não posso nem deixar de falar que, o que mais me encantou no pole foi o fato do meu corpo começar a mudar em tão pouco tempo. O que me fez pensar: "OMG!!! Por que me torturei tanto tempo numa academia cheirando a suvaco, sem perder nem cinquenta centavos de peso, sofrendo de dor, puxando aquele peso todo e NADA ACONTECIA NA MINHA VIDA?"

Bem, também não sei a resposta ainda. Talvez tenha sido mais um teste de Deus. Ou talvez fosse a pizza. Vai saber.

Porém, em três meses fazendo pole eu já pude ver uma diferença considerável, bem diferente da época em que eu sofria com esse negócio de musculação. O que me deixou mais empolgada, me levou a mudar um pouco meus hábitos alimentares (mas sem deixar de comer nada que eu gosto) e praticar atividade física em casa mesmo, nos dias em que eu não tenho pole. Em cinco meses, o resultado foi esse aqui:


Aí a gata ficou se achani, né? Fui de 52kg para 46kg e voltei a usar tamanho 36 (algumas vezes 34) e me sentir confortável de biquíni na praia.

O pole me ajudou a ser mais confiante, a me desafiar constantemente, a superar os meus medos.

Medo de altura? Sobe mais que tá pouco! Medo de cair e quebrar o pescoço? Isso pode acontecer até tropeçando no tapete do quarto. Medo de sentir dor? (Porque, acredite, se você faz pole e não sente dor, você não está fazendo isso direito), a dor da superação não é uma dor ruim e é até divertido ficar mostrando as manchas roxas que a gente ganha em todo treino.

E assim eu completei um ano (hoje, um ano e nove meses) fazendo uma atividade física sem interrupções.

Começando devagar

Perdendo aos poucos o medo da altura:


Fazendo um pouco de contorcionismo:


Deixando escapar um pouco do juízo:


Com menos juízo a gente começa a se divertir mais:


E se sente diva:

Se permite brincar e se fantasiar do que quiser:


Vai pegando o jeito da coisa:


E só fica mais feliz a cada dia:


Fazendo cara de paisagem:


Faz aquela foto mara na praia:



E fica emocionada com a perna ficando durinha e seu corpo ganhando músculos que você nem sabia que existia.



Participando de campanhas publicitárias:


E hoje, a diferença é essa aqui:


E embora eu já tenha mudado muito e esteja me sentindo muito mais satisfeita com o meu corpo, com minha alimentação e meu condicionamento físico, ainda há muito o que mudar e melhorar. Estou seguindo em frente e alcançando cada objetivo a que me proponho e fazendo isso por mim, em primeiro lugar.

A cada dia que passa eu me sinto mais bonita. A cada dia que passa eu gosto mais de mim e da mulher que estou me tornando, não apenas fisicamente, mas pela minha personalidade, meus pensamentos e opiniões.

Quem deve dizer se você é ou não bonita, é você mesma, tá gata?

Vão lá e arrasem, porque o mundo é nosso!

Vlw

Flw

*cinto ou cordão eriçado de cerdas ou correntes de ferro, cheio de pontas, com que os penitentes cingem o corpo diretamente sobre a pele.


quarta-feira, 9 de agosto de 2017

O Lado de Lah da Dor de Cotovelo



Bem, amigos da Rede Globo...

Não, pera.

Canal errado.

E aí, gentchy?!

Tudo bem?

Tudo beleza?

Se eu tô bem?

Não, eu não tô bem. Porque eu tô na fossaaaaaaaaaa!!

Sim, mais uma dor de cotovelo, depois de tanto tempo sem saber o que era isso. Tô sofrendo de amor.

Inferno.

Mas, tudo bem. Porque eu sou simplesmente a Rainha da Dor de Cotovelo. Aliás, se a gente procurar um pouquinho, acho até que vamos descobrir que fui eu que inventei essa porra toda. Porque eu sou craque nisso, tá? Porque uma dor de cotovelo não é qualquer um que sabe viver. Porque, sim, você tem que saber viver uma dor de cotovelo. A dor de cotovelo precisa ser respeitada enquanto dor de cotovelo que faz você chorar com comercial de margarina e garrar amor por aquele pijama que já passou da hora de lavar.

Enfim, é um negócio pra ser levado a sério. Ok?

Ok.

Como canceriana que eu sou, já é meio que uma obrigação minha, não passar batida por uma dor de cotovelo. A sofrência está impregnada no nosso mapa astral. Então pra que fugir disso?

Quando eu era adolescente, não havia um dia na minha vida em que eu não estivesse sofrendo apaixonada por alguém que não me queria. Amores platônicos? Puff... Todo mês era um.

Misericórdia.

Foi aí então, que eu comecei a aprimorar a incrível arte de curtir um coração partido. Você não pode fugir. Você tem que encarar de frente até gastar toda a melancolia eterna que tem no seu coração despedaçado.

Você tá triste? Ouve música triste. Mas triste mesmo! Aquelas que tem "vou te amar até o fim dos meus dias...", "Eu quero só você e mais nada...", "você me deixou sem dizer adeus...", "você me deu um pé na bunda mas eu quero que você seja feliz com outra..." E por aí vai...

Cansou das músicas? Tem filme. Aqueles finais felizes te lembrando que nada daquilo acontece na vida real. Que Príncipe Encantado não existe, sua tonta, e o George Clooney não vai aparecer na porta da sua casa de madrugada com um buquê de flores implorando pra você casar e ter três filhos com ele. Cai na real!

Esgotou todos os DVDs piratas que existem na sua casa? Tem os livros. Aqueles bem mamão-com-açúcar. Onde aquele cara bem bad-boy, que não quer nada com a vida, acaba se tornando um ótimo marido forno e fogão só porque se apaixonou pela linda mocinha.

Sim, é assim que se vive uma dor de cotovelo.

E tem mais? Sempre tem.

Você ainda pode pegar seu celular e voltar as suas conversas com o boy, lá pro início, pro primeiro "Oi" e ler tudo de novo e depois chorar até dormir e acordar no outro dia com a cara tão inchada que parece ter sido atacada por um enxame de abelhas enfurecidas. E vai trabalhar no outro dia, sem ter maquiagem que dê jeito.

Sim, gente. A dor de cotovelo tira toda a sua dignidade. Mas não importa. Porque a luz da sua vida não está mais te mandando mensagem de bom dia e queeeeeem se impooooooorta com meu sofrimento além de mim? Hein? Hein? Quem tá se importando com meus sentimentos, meu Deus? Por que comigo? Desgraça do meu ódio!!!

Tá.

Parei.

(Respira...)

Passou.

É isso aí, pessoal. O bagulho aqui tá sério. Mas sempre tem aquele lado bom.

Pelo menos vou sair dessa fossa mais magra e vestindo manequim 36. Beijos.